terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ele!

Ele nunca foi demais, ele nunca foi de menos. Normalmente ninguém o notava diante dos outros, vivia uma vida normal desde pequeno. Uma família de classe média com seus pais e seus dois irmãos. Não sabia fazer muitas coisas, mas sempre fazia o essêncial. Tinha amigos normais, saia pra balada no fim de semana, voltava pra casa e ia pra casa dos avós sempre. Era tranquilo e ria das piadas dos amigos, as vezes tirava boas notas, as vezes não. Sempre obedecia seus pais, mas de vez em quando fazia coisas que desagradavam sua família. Passou no vestibular, conseguiu um bom emprego, conheceu sua mulher na faculdade, casou-se depois de um tempo, teve duas filhas, viu elas se formarem. Ficou por diversas vezes feliz e por mais vezes ainda triste, brigou com sua mulher algumas vezes, viu seus pais morrem, envelheçeu bem, voltou a sorrir e chorou bem menos que antes. Abraçou suas filhas e deu conselhos, viu gente ficar feliz com suas palavras e viu gente releva-lás, e por fim morreu de forma calma, alguns sentiram falta dele, outros não.

Um comentário:

  1. Pelo menos ele viveu.
    Não uma vida muita longa, ou cheia de fantásticas aventuras, mas pelo menos ele viveu.
    Da forma que pode viver, do jeito que achava certo, viveu do seu jeito.
    Isso foi o suficiente.
    Eu sentiria falta dele.


    =***

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